quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O MERCADO DE TRABALHO E A QUALIFICAÇÃO

Quem nunca passou por dificuldades ou não viu alguém sem trabalho? 

Provavelmente quase ninguém!

Antes, o grande problema era encontrar uma oportunidade, uma vaga de emprego, uma saída para a crise pessoal. Hoje, essa dificuldade diminuiu, mas outro grande problema tomou forma - a falta de qualificação profissional.

Em um País de grandes proporções e diferenças culturais tão marcantes como o Brasil, as exigências por habilidades, competências e qualificação tornaram-se uma pedra no sapato de todos aqueles que buscam uma oportunidade. E não é por falta de formação acadêmica ou cursos especializados e/ou técnicos. A grande questão hoje é que o profissional, além de ter toda a carga de formação, precisa trazer outros conhecimentos e habilidades que não são ensinados na escola.

Faça um teste: abra um site especializado e procure oportunidades com o seu perfil. Ao encontrar uma oportunidade na sua área de atuação, confronte as exigências com as suas experiências e veja se você preenche todos os requisitos. É provável que você tenha a maioria deles, mas quase invariavelmente haverá algo que causará um desânimo momentâneo, seja alguma formação nova ou específica ou uma competência comportamental que você se questionará se tem ou não.

Em todos os jornais, especialmente na televisão, diariamente, são veiculadas matérias que falam da escassez de mão-de-obra qualificada no Brasil, mesmo com toda a iniciativa governamental e seus braços de atuação nos Estados, que oferecem capacitação básica por meio de cursos técnicos gratuitos.

As universidades não conseguem acompanhar a dinâmica do mercado que está cada vez mais exigente. Apesar de termos boas instituições, o movimento de "inserção mercadológica" do graduando não é satisfatório ainda para os padrões atuais.

Para nadar contra essa maré, é preciso estar ligado e conectado! Fazer cursos de atualização, cursos técnicos que também estão em alta, buscar aprender outros idiomas, dependendo das ambições e quem puder fazer, uma viagem internacional ou intercâmbio é muito valioso.

Uma dica para as pessoas que querem ficar por dentro do que acontece no mundo corporativo é explorar ao máximo as redes sociais profissionais. O Twitter oferece muitas janelas em que se pode conhecer novas oportunidades. A melhor das redes profissionais atualmente é o Linked In (www.linkedin.com), onde é possível participar de comunidades e buscar contatos estratégicos, seja para quem tem ou está iniciando o próprio empreendimento ou para quem quer uma boa oportunidade de trabalho.

Fique ligado no blog que, em breve, divulgaremos uma seleção dos melhores sites e blogs para quem está em busca de oportunidades!

Até o próximo post!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Educação

A nova abolição

No dia 13 de maio de 1888 conseguimos uma conquista suprema: a abolição da escravatura. Hoje as nossas conquistas estão voltadas para um grande crescimento econômico, mesmo tendo um crescimento aquém em comparação ao desenvolvimento mundial. Conseguimos barrar de forma inteligente a crise econômica que abalou os países desenvolvidos. O investimento em infraestrutura, os recordes de emprego e a subida da classe D e E para a classe C e B foram históricos. O que ainda ficamos para trás, de forma vergonhosa e muito subdesenvolvida é o investimento em educação de qualidade, que prende o povo brasileiro ao assistencialismo.

O governo Lula avançou muito na área de infraestrutura da educação: criou 14 novas universidades públicas e mais de 130 expansões universitárias; a Universidade Aberta do Brasil (ensino à distância), cuja qualidade é discutível; construiu mais de 100 campi universitários pelo interior do país; criou e/ou ampliou Escolas Técnicas e Institutos Federais e, através do PROUNI, possibilitou a mais de 700 mil jovens o acesso ao ensino superior. Contudo, a questão do governo Lula foi o investimento em quantidade e não em qualidade. No Pisa 2009 (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), aplicado em 65 países, o Brasil ficou em 53º lugar. Na escala de 1 a 800 pontos, nosso país alcançou 401. No quesito leitura, 49% de nossos alunos mereceram nível 1 (1 equivale a conhecimento rudimentar e 6 ao mais complexo). Nível 1 também para 69% de nossos alunos em matemática e para 54% em ciências. Estamos tão atrasados que o Plano Nacional de Educação prevê o Brasil alcançar, no Pisa, 477 pontos em 2021. Em 2009, a Lituânia alcançou 479; a Itália, 486; os EUA, 496; a Polônia, 501; o Japão 529; e a China, campeã, 577. Nos países mais desenvolvidos, 50% do tempo de instrução obrigatório aos alunos de 9 a 11 anos e 40% do tempo para os alunos de 12 a 14 anos é ocupado com ciências, matemática, literatura e redação. E, no ensino fundamental, não se admitem mais de 20 alunos por classe.

Gostaríamos muito de ver a promessa do tempo integral se tornar realidade. Nos países desenvolvidos os alunos passam cerca de 8 horas dentro das escolas, no Brasil são, em média, 4 horas e meia. Empresas estão à espera de pessoas qualificadas para o trabalho, pois, são pouquíssimas as pessoas preparadas para empregos específicos, que exigem uma segunda língua fluente, ensino superior de qualidade e experiência. São vários professores sendo agredidos e desrespeitados todos os dias nas salas de aula, recebendo baixos salários, sem qualificação, sem valor e prestígio, já sendo considerada uma profissão de alto risco. Porém, a educação não se limita apenas a isso. É muito maior. O valor que se dá em educação, o investimento pesado na área leva a valorização do meio ambiente (por parte do cidadão e também das empresas), da cultura (da nossa cultura já tão esquecida), do esporte como um aliado da educação no combate à criminalidade e do valor moral, ético e político.

A educação é o caminho certo para um "pós-bolsa família", libertá-los da dependência do programa. É a continuidade do desenvolvimento social brasileiro, que com educação não precisará mais de depender do governo para a sua sobrevivência. A educação abre as portas da oportunidade, palavra que falta no dicionário do nosso povo. O investimento em educação é a liberdade, a abolição, a mudança natural da mente dos brasileiros para a exigência de uma reforma política, tributária, previdênciária, institucional e agrária que esperamos há tanto tempo. A educação de qualidade é a porta de entrada para recebermos da melhor forma a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Se continuarmos medindo forças e finanças para um profundo desenvolvimento educacional, vamos ver o trem passar, sem conseguir avançar, paralizando este tão suado crescimento econômico. Se o país continuar como está, sem uma agenda para o assunto, o Brasil vai "explodir", como uma bolha em que não possui uma sociedade preparada para a grandeza de ser totalmente desenvolvida, sem mão de obra qualificada - tendo que importar muitas delas - com o mundo avançando, aproveitando os momentos talvez únicos, e o Brasil mais uma vez ficando para trás, sendo um dos primeiros em desigualdade social e violência, e sendo um dos últimos em saúde, desenvolvimento sustentável e educação de qualidade. 

A presidenta Dilma prometeu priorizar a educação. Vamos cobrar isso daqui a quatro anos e sonhar com números bem melhores. Gostaríamos muito de ver 10% do PIB ser investido em educação, mas se a porcentagem crescer para 7%, já é um bom começo pois, apenas 5,2% do nosso PIB são investidos em educação. Torcemos para que a presidenta entre para a história não apenas por ter sido a primeira mulher a comandar o Brasil, mas por ter revolucionado educacionalmente o país. Que ela seja uma estadista, pois, como diz um ditado: políticos pensam na próxima eleição e estadistas pensam na próxima geração.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Cultura

Cisne Negro - 2010


Darren Aronofsky, diretor do filme cult Réquiem para um sonho e de O lutador, lançou no final do ano passado sua nova produção, o filme Cisne Negro, que conta a história de uma bailarina que tem lidar com o seu lado mais obscuro para alcançar a excelência em sua dança. Magistralmente interpretado por Natalie Portman e com um elenco excelente que conta com Vicent Cassel, Mila Kunis e Barbara Hershey, o filme mistura suspense e drama psicológico. Portman é a grande favorita para o Oscar de Melhor Atriz desse ano.
Este filme vale a pena pagar para ver no cinema!


Assista ao trailer:




O vencedor - 2010


O vencedor filme de David O. Russel, com Mark Wahlberg, Cristian Bale, Melissa Leo e Amy Adams, conta a história de um boxeador (Wahlberg) que tenta ser campeão e que para isso tem que lidar com sua família, no mínimo, complicada. Para começar, acredito que filme de boxe já deve ser um gênero cinematográfico a parte nos Estados Unidos: os filmes tem suas características, fórmulas, estilos de filmagem e histórias muito parecidas. 

O vencedor, para variar, é mais uma história de superação. Mas apesar de abusar das fórmulas e dos clichês, o filme surpreende por seu roteiro que destaca a família como centro do seu drama e comédia (o filme tem partes bem engraçadas). Ele é extremamente bem sucedido, ao mostrar de forma completamente desglamurosa (se é que essa palavra existe) tudo o que envolve a ascensão de um lutador. O filme não acrescenta nada ao gênero, mas é uma diversão saudável. 

O elenco é com certeza uma das melhores coisas do filme. Tirando, claro, Mark Whalberg que só consegue entregar uma atuação digna com muito esforço, se espremer muito. Acho que ele gastou tudo nos Infiltrados, que nem é uma atuação lá grandes coisas. Ele não convence em nenhum momento no filme, o espectador (pelo menos eu) nunca cheguei a acreditar no personagem dele. Mas, como disse, o filme tem outros interesses, o boxe é, no final das contas, o fator menos empolgante do filme. 

Melissa Leo arrasa, já tinha gostado dela em Frozen River. Tinha uma certa preguiça com Christian Bale e do desespero dele de mostrar que é um bom ator (e ele realmente é). Tenho certeza que ele está atrás do Oscar faz tempo. Nesse filme ele faz por merecer. Ele está fantástico, o filme é dele. Provavelmente, Leo também levará o Oscar de coadjuvante esse ano.

Assista ao trailer: